quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SOBRE AS SONDAGENS E O TÃO FALADO "EMPATE TÉCNICO"

Confesso que sempre que há sondagens, já sei que vai haver sempre gente (de todos os quadrantes visados nas mesmas) com visões, teorias, deturpações e demais considerações sobre estas, na media em que os resultados da pesquisa lhes sejam mais úteis. Isto é UM FACTO! A proposito da sondagem publicada pelo LABOR (jornal onde tenho o enorme gosto de ter uma crónica quinzenal), hoje, foram várias as interpretações aos valores percentuais apresentados. Houve quem se centrasse na primeira página, houve quem se concentrasse no título da página 10 e houve quem (como eu) resolveu dar destaque à página 11. Não vejo nenhum mal nisso, as sondagens são propícias a todas estas "leituras". E confesso, também, que não me incomoda o teor da discussão que as sondagens originam, o que me incomoda é a forma como por vezes a discussão acontece. Hoje, o que baralhou muita gente foi a questão do "Empate Técnico". Bem, eu nem sequer me pronunciei sobre isto, mas vi que foram alguns os que levaram esta discussão para um patamar que nunca desejei, num post meu, na minha própria página. Assim, nada como dar a minha opinião pessoal sobre este assunto. Segundo a maior empresa privada de pesquisas da América Latina, o IBOPE, "é considerado empate técnico quando a diferença entre os candidatos se encontra dentro das margens de erro das pesquisas, ou seja, quando há superposição dos respectivos intervalos de confiança dos candidatos". Ou seja, CONSIDERANDO QUE A MARGEM DE ERRO APRESENTADA PARA A SONDAGEM FEITA PELO LABOR É DE 5%, UM EMPATE TÉCNICO TERIA SEMPRE DE OCORRER SE A DIFERENÇA ENTRE OS CANDIDATOS ESTIVESSE DENTRO DESTE VALOR, o que não acontece. A comprovar esta minha teoria temos por exemplo o JN, que na sua edição da passada 3ª feira, a propósito das eleições em Matosinhos considerava que "O candidato independente e o seu principal rival, António Parada, estão tecnicamente empatados: a margem de erro do trabalho da Eurosondagem é de 3,6% e a distância que os separa é de apenas 1,6 pontos percentuais". Mas antes disso, aquando das eleições Norte Americanas, o Jornal O Público escrevia o seguinte: "Obama com uma ligeira vantagem ou em situação de empate técnico (distância inferior à margem de erro) com Romney". Creio que consegui, em "meia dúzia" de linhas, explanar aquela que, não só é a minha opinião, como corresponde, de facto, à realidade e, nesse sentido, posso considerar, em bom rigor, que não há, neste momento, empate técnico entre Luis Ferreira e Ricardo Figueiredo. Dizem que "da discussão nasce a luz". Espero ter iluminado este espaço, com este contributo. Abraço

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