quinta-feira, 27 de junho de 2013

UI.... É QUE DÁ-ME CÁ UM JEITO!!! (continuação da birra anterior)

Não imaginam como fiquei contente por ter verificado que a minha ultima crónica sobre os “pedintes profissionais” dizia tanto a tanta gente que sente o mesmo que eu face ao assunto abordado! Nunca pensei que tivesse tantos leitores atentos ao que escrevo, confesso, e fiquei muito feliz por comungarem da minha opinião. Pois é, desta vez, depois da Cidade no Jardim, tivemos (como sempre) as Festas da Cidade. Esta coisa de ter sido pai tem-me dado, efectivamente, uma perspectiva diferente face às coisas, à própria vida em si e, como tal, presto atenção a uma série de situações que antes me passavam completamente ao lado. Quando fui “dar uma volta”, numa das noites, encontrei junto à Rotunda do Lago um senhor a vender lençóis e uma panóplia de coisas para o lar, com uma lenga-lenga muito bem ensaiada, com um “mono-ajudante”, que vendia toalhas de mesa, 7 toalhas de mesa, não por 40, não por 30, nem por 25 ou 22, mas por 20 euros; artigo Nacional. O seu ritmo e o seu discurso corriam a uma velocidade tal que até encontrei na assistência um Chinês de boca aberta imaginem!!!! Verdade, o Chinês estava “para a vidinha dele”! Devia estar a pensar: - Tou tlamado, onde me vim metele. Este plotuguês vai dale cabo do meu negócio! E de facto… 18 pares de meias por 5 euros???? Barata a feira! O meu filho, ao contrário o pai, estava farto daquilo, queria algodão doce! Eu pensei, se é para continuar nas pechinchas, siga, vamos embora! Parei num dos senhores que pegam em meio cêntimo de açúcar com corante, colocam num orifício que anda à roda e fazem um enorme pedaço de cola-beiços, suja mãos, besunta roupa, etc! De seguida, atira-nos com o montante que exige por aquela porcaria, 2 euros!!!!! Parece que levamos um soco nos beiços. DOIS EUROS?! O QUÊ?!!! Ó’MIGO… EU COM ESSE DINHEIRO COMPRO 8 PARES DE MEIAS! POSSO USAR UM PAR POR DIA DURANTE UMA SEMANA?!!!! Depois, venho a barafustar. Comigo, com a sujidade do miúdo, com o preço do algodão doce, por querer dar uma trinca de raiva no doce e o meu filho amuar porque lhe estou a roubar o que é dele, eu a sentir-me duplamente roubado (pelo fulano e pelo meu filho) e revoltado por não lhe ter pedido recibo! Fico com uma dor de cabeça que nem imaginam e já só penso em vir-me embora. Acelero o passo e sou abalroado por alguém que trás para me vender, algo que é mesmo aquilo que me está a fazer falta na vida – uma girafa de pau-preto! É mesmo isso que necessito para me passar a dor de cabeça! Ao menos as farturas nunca mudam… sempre caras, com toneladas de açucar e aquela dose de óleo a escorrer que contraria sempre aquilo que dizemos a quem nos vende as ditas: Olhe senhora, quero-as sequinhas sim?! Agora fora de brincadeira. Que bela noite de São João se viveu na nossa terra, que noite agradável, tanta gente na rua! Uma palavra ao Presidente da Comissão de Festas, Adelino Calhau! Obrigado por fazer destas festas uma realidade em S. João da Madeira. Sem a sua dedicação, o seu esforço e o trabalho daqueles que o acompanham, esta manifestação popular já teria desaparecido, não tenho qualquer dúvida. O sucesso do nosso São João pode dever-se a inúmeras pessoas, entidades e factores, mas deve-se essencialmente a si. Bem-haja.

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