terça-feira, 5 de abril de 2011

ESTA GENTE QUE ME FORMA - CRISTINA

Pois já nos encontramos em Abril!
no próximo dia 08, sexta-feira, a Cristina, minha Tia e Madrinha (como frequentemente o meu avô se refere a ela quando fala comigo) faz anos.
Nesse dia também a minha sogra está de parabéns. No entanto, esta é a altura de falar da Madrinha.
25% da minha vida foi passada intensamente com ela, já que até aos 8 anos dormi com ela, no seu quarto.
Temos apenas 10 anos de diferença. Segundo consta até teve que haver pedido especial ao Padre Aguiar para que ela me pudesse batizar.
Cresci com ela e com ela aprendi, com 5 anos, a contar até 10 em Inglês e até 5 em Alemão.
Tinha uma bola de borracha na 1ª gaveta da sua comoda que eu adorava e que,por vezes, ela lá me deixava brincar. Era uma daquelas pinchonas que na altura eram moda e que a malta usava para atirar à parede e apanhar de volta (uma versão arcaica do squash, sem raquete).
Quando foi para o porto tirar o curso de secretariado, ansiava pelas sextas-feiras, altura em que regressava a casa e que me trazia, quase sempre, um livro de banda desenhada, do patinhas ou do mickey. De igual forma era muito fixe levá-la ao domingo ao Porto; era uma espécie de festa familiar em que iamos todos, eu, o meu pai, a minha mãe, a minha irmã e a cristina no Sinca 1100 do meu pai.
Quando ia para o Algarve com a lita trazia-me prendas (lá nisso nunca ninguem se esquecia de mim). Nunca hei-de esquecer um camião preto com reboque que me traouxe num desses anos.
Acompanhei o seu primeiro emprego e a carta de condução. O seu primeiro carro foi um AX SC-04-03
Entretanto até eu fui crescendo e ela lá foi acompanhando esse crescimento
chegando até a dar-me explicações de português ao sábado à tarde - que seca... E, nem, não, só... mas, porém, todavia, contudo!!!!
Sempre a conheci como a doceira oficial da familia. com excepção feita ao bolo de claras da lita, ao rolo de chocolate da Ana e ao Pudim da minha mãe, os melhores bolos eram os dela; ainda são (basta lembrar o meu pão de ló favorito).
A nossa relação define-se como uma curva sinozoidal, com altos e baixos, mas com muito amor.
Tive a responsabilidade e a tarefa de ser o primeiro a estar com ela num dos momentos mais duros e difíceis das nossas vidas, na pior hora de almoço que já tive.
Não falamos muito, nem mesmo o necessário, mas estamos cá, SEMPRE!
E os valores, o carinho, a amizade, o respeito e o bem-querer não desaparecem, crescem!
Até à pouco tempo eram a melhor das solteiras sanjoanenses, mas até esses fatores mudam, e ainda bem!
Hoje está bem melhor, mais serena e estável, mais confiante, mas isso não se deve, obviamente, a mim; deve-se a ela e à forma como voltou a abrir o coração ao mundo.
Um beijo e feliz dia!
PN

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