quarta-feira, 19 de agosto de 2009

QUE PORRA DE VIDA!

O Pedrinho, filho da minha querida amiga Isabel Ferraz, faleceu.
Lutou durante 4 meses contra um cancro, um terrível cancro que teimava em ser mais forte do que ele.
Agora estará certamente em paz, sem dor nem sofrimento.
Conheço aquela família desde que me conheço e, como tal, sinto aquela perda com uma intensidade diferente.
Por mais previsível que o desfecho seja, ninguém está preparado para saber lidar com a morte de um dos seus.
A morte só é compreendida pela maioria de nós quando surge de forma natural a alguém que já viveu tanto e tanto tempo que um dia adormece para não mais acordar.
Qualquer outra forma de morte deixa de ser suportável aos entes queridos.
Para além disso, a coisa passa a ser incompreensível e injusta quando se trata de uma criança.
É natural que um pai morra primeiro que um filho, o contrário não!
Hoje sinto e percebo isso muito bem.
Talvez por isso mesmo não consiga hoje libertar-me do meu filho. Tenho uma particular vontade de o sentir, ver, beijar (apesar de ele ter sido terrivelmente mauzito esta noite com os pais).
Ao meu querido amigo Rui, ao Nuno, à Cristina, mas sobretudo à Isabel um beijo muito grande.
Também eu, hoje, choro a vossa perda!

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